cosido à terra, que o olhar do mais prático marinheiro não o distinguiria a meia milha de distância entre as fraguras do penedo e o farelhão dos abrolhos.
Pelas amuradas e convés do barco viam-se recostados ou estendidos de bruços, cerca de dez marujos, que passavam o tempo a galhofar, molhando a palavra em um garrafão de boa cachaça de São Gonçalo, cada um quando chegava a sua vez.
Na tilha sobre alva esteira de coco estava sentada uma linda morena, de olhos e cabelos negros, com uma boca cheia de sorrisos e feitiços.
Tinha ao colo a bela cabeça de um rapaz, deitado sobre a esteira, numa posição indolente, e com os olhos cerrados, como adormecido.
De momento a momento, a rapariga debruçava-se para pousar um beijo em cheio nos lábios do moço, que entreabria as pálpebras e recebia a carícia com um modo, que revelava quanto já se tinha saciado na ternura da meiga cachopa.
— Acorde, preguiçoso! dizia esta galanteando.
— Teus beijos embriagam, amor! Não o sabias? respondeu o moço fechando os olhos.
Nesse instante um homem, que descera a ab-rupta encosta do rochedo com extrema agilidade, atirou-se à