fosse dotada com toda a governança devida a essa jerarquia.
Em 1608 ainda a cidade se encolhia na crista e abas do Castelo; mas quem avaliasse da sua importância pela estreiteza da área ocupada, não andaria bem avisado.
Estas cidades coloniais, improvisadas em um momento, com uma população adventícia, e alimentadas pela metrópole no interesse da defesa das terras conquistadas, tinham uma vida toda artificial.
Assim, apesar de seus trinta e três anos, que são puerícia para uma vila, quanto mais para uma cidade, já ostentava o Rio de Janeiro o luxo e os vícios que somente se encontram nas velhas cidades, cortesãs eméritas.
Eram numerosas as casas de tavolagem; e nelas, como hoje em dia nos alcáçares, tripudiava a mocidade perdulária, que esbanjava o patrimônio da família ao correr dos dados, ou com festas e banquetes a que presidia a deusa de Citera.
Entre essa mocidade estouvada, primava pelas extravagâncias, como pela galhardia de cavalheiro, um mancebo de dezoito anos, Aires de Lucena.
Filho de um sargento-mor de batalha, de quem