empenharia na última cartada os destroços de um patrimônio e uma vida malbarateados.

Perdeu.

Toda a noite passara-a na febre do jogo; ao raiar da alvorada, saiu da espelunca e caminhando à toa foi ter à Ribeira do Carmo.

Levava-o ali o desejo de beber a fresca viração do mar, e também a vaga esperança de encontrar um meio de acabar com a existência.

Naquele tempo não se usavam os estúpidos suicídios que estão hoje em voga: ninguém se matava com morfina ou massa de fósforo, nem descarregava em si um revólver. Puxava-se um desafio ou entrava-se em alguma empresa arriscada, com o firme propósito de dar cabo de si; e morria-se combatendo, como era timbre de cavalheiro.