Mais longe, a maruja comovida com a cerimônia, fazia alas, esperando que o padre se paramentasse. Este não se demorou, com pouco apareceu no convés e subiu ao altar.
Começou então a cerimônia do benzimento da Virgem, que prolongou-se conforme o cerimonial da Igreja. Terminado o ato, todos até o último dos grumetes foram por sua vez beijar os pés da Virgem.
Em seguida se passou ao batismo da filha adotiva de Duarte de Morais. Foi madrinha Nossa Senhora da Glória, de quem recebeu a menina o nome que trouxe, pela razão de a ter Aires salvado no dia daquela invocação.
Esta razão porém calou-se; pois a criança foi batizada como filha de Duarte de Morais e Úrsula; e a explicação do nome deu-se com ter ela escapado de grave doença no dia 15 de agosto. Por igual devoção tomou-se a mesma Virgem Santíssima para padroeira da escuna, pois à sua divina e milagrosa intercessão se devia a vitória sobre os hereges e a captura do navio.
Depois da bênção e batismo da escuna, acompanharam todos em procissão o sacerdote que de imagem alçada dirigiu-se à proa onde tinham de antemão preparado um nicho.