embora não lograsse capturar a presa a que dera caça.
Não escondia o moço o regozijo que sentia com o restabelecimento daquela a quem já tinha chorado, como perdida para sempre.
Nesse dia revelou Maria da Glória aos pais um segredo que escondia.
— É tempo de saberem o pai e a mãe que fiz um voto a Nossa Senhora da Glória, e peço sua licença para o cumprir.
— Tu a tens! disse Úrsula.
— Fala; dize o que prometeste! acrescentou Duarte de Morais.
— Uma novena.
— O voto foi para te pôr boa? perguntou a mãe.
Corou a moça e confusa esquivou-se à resposta. Acudiu então Aires que até ali ouvira calado:
— Não se precisa saber o motivo; basta que o voto se fez, para se dever cumprir. Tomo sobre mim o que for preciso para a novena, e não consinto que ninguém mais se encarregue disso; estais ouvindo, Duarte de Morais?
Cuidou Aires desde logo nos aprestos da devoção,