noiva caíra desmaiada aos pés do altar, e parecia adormecida.
Prestaram-lhe todos os socorros; mas embalde, Maria da Glória rendera ao Criador sua alma pura, e subira ao céu sem trocar a sua palma de virgem pela grinalda de noiva.
O que tinha cortado o estame da suave bonina? Fora o amor infeliz que ela ocultava no seio, ou a Virgem Santíssima a rogo de Aires?
São impenetráveis os divinos mistérios, mas podia nunca a filha ser a esposa feliz daquele que lhe roubara o pai, embora tudo fizesse junto depois para substituí-lo?
As galas da boda se trocaram pela pompa fúnebre; e à noite, no corpo da igreja, ao lado da essa dourada via-se ajoelhado e imóvel um homem que ali velou naquela posição, até o outro dia.
Era Aires de Lucena.