— Senhor, sim. Agora quantos andam por aí como ele? Mas naquele tempo não era assim: a gente pensava que aquilo era uma praga.
- "Meu pai também cuidava, mas tinha bom coração; e ficou mais descansado sabendo quem era o morador da casa velha, do que antes quando pensava que ali andava cousa de bruxa.
- "Uma vez... já se tinham passado quantos dias depois da luz aparecida! Era pela madrugada; nós estávamos a tirar a canoa para terra. Eis senão quando vimos o moço em pé no adro do convento, como inda agora vi o senhor. E isto me fez alembrar!...
- "Esteve um pedaço bom; depois veio caminhando mansinho para cá.
- "O pai quis fugir. Ele que deu pela cousa, parou, mais que depressa, e foi dizendo:
- "— Não tenha medo... Não fuja que eu volto.
- "Disse estas falas, assim com uma voz tão doce e tão penada que o pai teve dó dele, e ficou com vergonha:
- "— Não fujo, não. Precisa de alguma cousa? Diga!...
- "— Não preciso de nada!... Saí porque este vento