Certa manhã, andava o Ivo a pautear com o nariz ao vento pelas margens da Lagoa das Marrecas, espantando os irerês e colhendo flores para as copiar à têmpera, lá na tenda do Belmiro.
Cobria a Lagoa das Marrecas a rechã, onde corre hoje a rua do mesmo nome, até as fraldas dos três Outeiros do Desterro, do Carmo e do Castelo, entre os quais se derramava como acolchoado de um divã, cujo recosto formassem as verdes encostas das colinas.
O caminho da cidade cortava pela frente da Ermida, pequena capela da invocação de N. S. da Ajuda, construída no lugar onde faz esquina agora a Rua da Guarda Velha, que não passava então de um carreiro. Serpejando pela falda do Outeiro do Carmo, na direção que ainda hoje tem a Rua dos Barbonos, seguia pela frente do Hospício dos Barbadinhos, e pouco adiante bifurcava-se.