Até as abas da cidade, cujo povoado começava na Rua da Ajuda, foram o tabelião e a sua metade em constante sobressalto por causa do maldito macaco, que os perseguia saltando de pau em pau.
— Arrenegado bugio, gritava o Sebastião; vou deste passo encomendar-te ao almotacé, para te filar e torcer-te o gasnete.
— E o senhor a teimar com o macaco! Quando lhe digo que é o caipora, legítimo de Braga! Se inda agorinha lhe bispei os chifres. Não vistes, Marta?
Ante a formal intimação. não havia titubear:
— Creio que vi!... Agora me lembro, vi mui bem!
— Não vistes nada!... berrou o tabelião perdendo a tramontana. É forte embirrância! Declaro eu, Sebastião Ferreira Freire, tabelião do público judicial e notas desta leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro por El-Rei, nosso senhor...
Aqui o nosso homem desbarretou-se com as maiores mostras de reverência.
— que Deus guarde...
Novo desbarretamento.
— ... por muitos e dilatados anos, como todos havemos mister a bem do reino e da religião católica apostólica romana, única verdadeira...