— Sra. Romana, minha respeitável sogra, poderá dizer-me quem é este rapazola que vi hoje aqui pela primeira vez?
— É o sobrinho da Rosalina.
— A do alferes? perguntou o tabelião vincando a testa.
— Fale mais baixo, Sr. Sebastião, que ela pode ouvir!
— Vistos os autos, a referida está aqui?
— Que tem isso agora? Por que andaram a fazer enredos da pobre? E não passa da Pôncia, aquela linguazinha de...
— Pois, Sra. Romana, minha respeitável sogra, urge que ponha cobro a isso, porquanto, se a supradita e mais o bonifrate do filho, que a espertalhona alapardou em sobrinho, se meterem aqui, nem sua filha e minha mulher, nem a sua neta, filha minha e da sua também supradita filha, tornarão a pôr os pés em casa onde se agasalha gente descomedida, que...
— Ora, Sr. Sebastião, guarde seu palavreado lá para a rabulice. A Rosalina há de vir com o filho e o senhor também com a Miquelina e a Marta!
— A senhora teima? perguntou o tabelião em tom sacramental.