quem uma geração inteira bebe a inspiração e acceita o ideal.

Bourget desceu ao fundo da alma contemporanea e achou lá, ora visivel como um jazigo a descoberto, ora occulta como um filão inexplorado, esta dolorosa aspiração ao não ser em que virão, talvez, cruelmente e anti-naturalmente, a abortar todos os sonhos radiosos e extranhamente grandes que a humanidade concebeu, que a sciencia tem tratado tenazmente de realisar, e que a arte devia ter a gloriosa, sublime e util missão de traduzir!...

Seria pois Bourget quem melhor do que ninguem faria comprehender até aos mais profanos, e aos menos dados ás sublimes abstracções do espirito, o livro eminentemente moderno, e extranhamente doloroso e contradictorio de Anthero do Quental. A lingua em que nós escrevemos e fallamos não a conhecem porém lá fora, e este livro que em toda a parte seria criticado e discutido como um symptoma mental, caractetistico