Em que eu vi baquear quanto se adora,
Vi de que noite é feita a luz do dia!

Pelo pranto e as torturas bemfazejas
Do desengano... pela paz austera
D'um morto coração que nada espera
Nem deseja tambem... bemdita sejas!...

Muitos perguntam,―e, no seu ponto de vista racional e practico, perguntam com razão―a que se deve a reclusão quasi absoluta, o abandono de todos os interesses positivos, a inacção voluntaria, que tão estranhamente caracterisam esse pensador, esse critico, esse poeta, chamado Anthero de Quental.

Quando pela primeira vez os echos d'este nome repercutiram na sociedade portugueza, foi como um som bellicoso e guerreiro que se ouviu, sobresaltando os possuidores consagrados da realeza litteraria d'esse tempo.

Anthero de Quental era, na somnolenta, monotona e convencional coterie litteraria