De que são feitos? De illusões, de dôres,
De miserias, de magoas, e agonias!
O sol, inexoravel semeador.
Sem jamais se cançar, percorre o espaço,
E em borbotões lhe jorram do regaço
As sementes innumeras da Dôr!
Oh! como cresce sob a luz ardente
A seara maldita! Como freme
Sob os ventos da vida, e como geme
N'um sussurro monotono e plangente!
Não pode a revolta d'um coração ferido pelas injustiças sangrentas da vida exprimir-se com mais desesperada e mais apaixonada eloquencia!...
Se a vida é isto―e é isto quasi sempre aos olhos do poeta dos Sonetos,―para que luctar, para que trabalhar, para que