encanto. O perfume camoeano que o impregna deliciosamente, a tristeza dulcissima, que elle respira, e a melancolica circumstancia de ser o ultimo que cahio, como uma perola solta, da lyra quasi partida do poeta moribundo.

Eis o soneto:

Na quadra azul da mocidade, a gente
Parte rindo e cantando, estrada fóra,
Gorgeia a cotovia em cada aurora,
Suspira á noite o rouxinol dolente.

Ai! Ditoso o que parte alegremente,
O que não vio aproximar-se a hora
Em que é força volver atraz... embora
Nos arfe o seio de illusões fremente.

Para ti ainda existe o sonho alado,
A fé robusta, e a candida alegria
Que nos chovem do céu claro e estrellado.

Nunca sejas forçada, flôr, um dia
A erguer, chorando, o braço fatigado
Em busca da ventura fugidia...
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