Vale, sim!

Valem mais as que amam que as que vivem na inercia indifferente do coração! valem mais as que padecem que as que se deixam viver tranquillas na baixesa ignobil do peccado! valem mais as que se arrependem que as que nunca perceberam que erraram!

Decerto, que em face das leis immutaveis do Dever, nenhuma pode ter a absolvição social; no emtanto, ao menos esta, coitada! tem a sinceridade da sua paixão, tem o encanto vivo, penetrante e communicativo do seu fatal amor!

Não discutamos, porém, a moralidade do romance; essa lá lh'a pozeram os auctores na morte e na clausura voluntaria das duas desatinadas heroinas.

Discutamos simplesmente a sua belleza artistica.

O Mysterio da Estrada de Cintra tem paginas, como nunca mais os dois homens, que as escreveram, tornaram ou tornarão a escrever.

Penetra-as o insubstituivel, o capitoso