E a verdade onde fica?!...
A mim parecem-me tão pouco humanas as sylphides de Lamartine, como as femeas inconscientes de Zola.
Entre ellas está a mulher. Porque a não procuram? porque é que a não retratam, ou antes, porque é que a não criam?
Esperemos que a litteratura deixe de ser uma escola d'isto ou d'aquillo, uma reacção contra isto ou contra aquillo. Que ella seja serena como a verdade, e será emfim humana; que elle nos pinte quaes nós somos, e poderá então chamar-se natural.
É muito bom estudar as miserias da nossa rua, na phrase pittoresca de Eça e de Ramalho; mas, por Deus! parece-me demasiado restricto esse ponto de vista!
Imagine-se que os escriptores escolheram uma rua infeliz, uma rua povoada de remendões e de vendedoras de peixe!...
Parece-me isso um pouco o caso de alguns dos grandes romancistas contemporaneos!