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Retalhos de verdade
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bo, desceu. E foi canhestramente pegar na vassoura.

— «Tu sabes varrer?» — perguntou desconfiadamente o senhor Matheus.

O mocinho meneou a cabeça n'um aceno negativo. Depois. encolhendo os hombros: «Isso é p'r'ás mulheres.»

A tia Benta deitou-lhe um par de olhos de fulminar.

— «Não me dirá a senhora Benta o que esta azemola cá vem fazer?» — perguntou entre faceto e formalisado o tendeiro.

— «Credo! homem de Deus... As coisas tamem nan se levam assim. Dê tempo ó tempo.»

— «Vem direitinho da Lourinhã... Mais bronco!»

— «Tamem vocemecê o que cuidava?... Se elle viesse ensinado, já lhe haviam de dar soldada... Que mais nan fosse, p'ra botas... Cada um segundo a criação... Ponha-lhe vocemecê um cajado nas unhas e um rebanho de cabras á frente e verá se nan é outro cantar...»

— «Oh! senhora, mas se eu aqui não tenho cabras nenhumas! E' boa!»

— «Bem se cá sabe que as nan tem... O que eu venho a dizer na minha... sim... já se deixa ver... é que o rapaz tem de ser en-