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O DEPOIMENTO DE ALICE
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— Nesse caso, pior ainda! objetou o Rei. Se não assinou e não usou a sua letra natural, então é que tinha algum mau intuito. Se não fôsse assim, assinaria naturalmente e não mudaria de letra.

Todos bateram palmas, porque era realmente a primeira coisa sábia que o Rei ainda dissera.

— Prova, nada! berrou Alice. Pois se nem leram o que está escrito, como prova ou não prova? Súcia de imbecis!

— Então leia, ordenou o Rei achando que ela tinha razão.

O Coelho Branco pôs os óculos e indagou:

— Por onde devo começar, Majestade?

— Comece pelo princípio, respondeu gravemente o Rei.

Carrapato, carrapicho,
Carrapicho, carrapato,
Patocarra, pichocarra,
Pichocarra, patopicho...
Carracarra, pichopato.

— Eis a prova mais evidente que ainda vi em minha vida! exclamou o Rei triunfante, esfregando as mãos. Nada mais resta a provar. Os senhores jurados estão habilitados a dar sentença.

— Esperem um pouco! gritou Alice. Se algum dêles puder explicar o que os versos significam, ganhará um tostão furado. Não creio que haja a menor parcela de prova nas palavras que acabam de ser lidas.

— Os jurados escreveram em suas pedras: “Ela não crê que haja a menor parcela de prova no que acaba-