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Ás mulheres portuguêsas
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são, que não é desagradavel a espiritos que ficaram ignorantes das mais singelas regras de alta moral.

Quando as raparigas chegam á idade de procurar marido, ahi dos dezeseis para os dezoito, começa para a mulher o desempenho do papel, annos atrás a cargo da sua propria mãe, quando a acompanhou a todos os divertimentos, aguentou calôres e frios nos passeios da móda, cabeceou pelas reuniões dançantes, fez sacrificios para lhe comprar vestidos vistosos, despojou-se dos seus adornos para enfeitar as filhas, porque — e esta frase é bem caracteristicamente portuguêsa e lança toda a luz no módo de ser e nas aspirações da nossa pobre mulher — já agradou a quem tinha de agradar.

Agora é a vez da filha ir para a amostra, até encontrar senhor. Sujeitam-se a tudo: trabalham, quando não têm criadas, nos mesteres mais humildes, para que as filhas desempenhem o seu papel de princesinhas de contos á espera do principe encantado que as fará soberanas de deslumbrantes reinos imaginarios...

A rapariga, assim preparada, casa emfim,