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ÁS MULHERES PORTUGUÊSAS

A isso é que chamâmos feminismo, que não em pôr gravatas e colarinhos de homem, que se podem usar como prova de simplicidade ou de extravagancia, mas nunca como afirmação de opiniões.

Educar a mulher dando-lhe meios de poder auferir com o seu trabalho o suficiente para a sua sustentação — quando é só — de auxiliar o homem, esgotado pelo trabalho de sobre-posse que lhe exige a concorrencia e a carestia da vida moderna, — quando casada, — parece-nos a maneira mais prática de a tornar um ser livre, apta a escolher por motu-proprio o caminho a seguir direitamente na vida.

Não temam os homens que a mulher instruida, por mais liberta, quebre mais facilmente os laços de conveniencias com que a sociedade a prendeu. Nem sempre foram os conventos, com todas as suas grades e portarias, o mais puro exemplo da castidade feminina; ainda hôje os harens, com todos os seus guardas e eunúcos, são para o ciume do macho bem fragil garantia...

A mulher entregue ao seu proprio discer-