lha, sem esquecer o mobiliario severo e nobre dos nossos avós, a ourivesaria subtilmente trabalhada, os tecidos, a ceramica, as rendas, que, em tudo, houve tempo em que fomos alguem.
Se o não somos hôje, cuidais que os artistas e a patria é que são os responsaveis de tão grandes decadencias?
Não; uma, não póde nada, prisioneira do oiro nas mãos dos usurarios; os outros, sem estímulo nem público que lhes pague as fadigas e os empurre para o exito, ou lhes mostre pelo despreso a inferioridade do trabalho, retiram-se do campo onde a mediocridade dá leis. São poucos os que á força de vontade e coragem conseguem não esmorecer, trabalhando mais para satisfação propria do que pelos lucros materiais.
Que a Arte não dá hôje gloria em Portugal, e muito menos riqueza.
Se não somos o que já fomos é que uma educação fundamentalmente portuguêsa falta por completo no nosso paiz.
A criança começa por interessar os olhos