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A VINHA

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LUIS sahira para o colegio ainda criança e de lá para as escolas superiores; assim os anos tinham decorrido sem que nunca mais visltasse a terra natal.

Dez anos, dez longos anos se tinham passado, e só agora voltava, como um foragido ou como um ladrãe, que enlouquecido de saudades arrisca a vida e a liberdade para revêr a terra que primeiro conheceu e é sempre para o homem a mais querida, a mais bela, a melhor de todas.

E pobre Luis! era na verdade como um foragido que voltava, escendende-se para que o não vissem, envergonhado dessa fraqueza sentimental que já não ia nada bem com os seus galões de guarda-marinha e o seu bonito bigode a ensombrar-lhe o labio superior.