Rio, 12 de novembro

Desta vez não há razão de queixa. O paquete de Southampton trouxe-nos uma boa coleção de notícias a respeito da guerra do Oriente. A curiosidade pública, suspensa há muito tempo, pôde finalmente saciar-se com alguns episódios interessantes, como o de uma batalha em campo raso, o da passagem de um rio, o da morte de um general e da fugida de um príncipe à unha de cavalo.

Passada a primeira impressão. Cada um tratou de comentar as notícias a seu modo, de maneira que já ninguém se entende, e não há remédio senão apelar para o vapor seguinte a fim de sabermos a verdadeira solução do negócio.

A tomada do rio Alma sobretudo abriu um campo vasto a essa guerra de ditos espirituosos e de epigramas, em que se acham seriamente empenhados os russos e turcos desta cidade.

Uns entendem que, à vista das notícias, é fora de dúvida que Mesckintoff deixara tomarem-lhe Alma, embora a muito custo escapasse com o corpo salvo das mãos dos franceses e ingleses. Entretanto, as próprias notícias dadas pelos jornais, ninguém pode duvidar que quem perdeu a alma não foi o príncipe russo, mas sim o General Saint-Arnaud.

No dia da chegada do paquete, um espirituoso redator de uma das folhas diárias da corte dizia, ao ler a descrição da