uma bebida do céu, o pão é um manjar dos deuses, o dia é uma festa de reis, o sono é uma voluptuosidade do paraíso, sibaritismo do sultão.
Talvez seja por esta semelhança que se dá a coincidência de cair no mesmo tempo a quadra das moléstias e das viagens. Tudo parte, tudo vai mar em fora, ver novos climas, correr terras, para ter na volta o que contar.
Queixam-se por aí que tudo vai para a exposição. De Paris, menos os nossos produtos. Quem sabe? Talvez que a par da Estrela do Sul apareçam na exposição muitos outros produtos brasileiros, muitas raridades dignas de menção.
Os novos viajantes vão achar em Paris uma verdadeira epidemia bailante. Tem havido para mais de 500 bailes. A febre é geral: dança-se nos palácios, nas embaixadas, nos hotéis, nas casas, nos salões e nos prados, sobre a relva e sobre os tapetes.
Além da dança, a única coisa em que os franceses presentemente se ocupam é na conjugação do verbo fiar e seus compostos.
Assim, os homens fiam seu dinheiro por subscrição; as mulheres desfiam pano para os feridos da Criméia; o imperador confia nos seus generais e no seu exército; a gente timorata desconfia do feliz êxito da guerra; Bosquet enfia balas pelo corpo dos russos; Canrobert porfia no seu projeto de arrasar Sebastopol.
A guerra pode dizer-se que está reduzida a fios. Onde passou o fio da espada, aplicam-se fios de linho. Os homens incumbiram-se do primeiro; as mulheres do segundo. Que fases não tem tomado essa luta de gigantes?!
Antes de vos deixarmos, temos ainda um triste dever a cumprir. Celebrou-se a missa por alma do Deputado Aprígio, e, apesar de tantos amigos que o finado tinha nesta corte, aquele ato foi muito pouco concorrido.
Não é fácil explicar-se semelhante fato, pois que o aviso para a missa foi feito pela folha oficial, que a anunciou nas suas colunas como um holocausto do governo. É verdade que, não