Mas entenderam que ficava mal aos mestres, aos decanos da ciência, aos novos Papinianos, dizem claramente que tinham errado, sobretudo quando discutiam com uns ignorantes, que não sabem coisa alguma, e que sem a menor modéstia ousam falar em jurisprudência, quando homens como o Sr. P., sacudindo a sua cabeleira empoada, deixam cair o polme sucoso da ciência.

Esta última frase é augusta; servimo-nos dela, mas não sabemos o que quer dizer. Não faz mal: seguimos o exemplo do correspondente do Jornal do Comércio.

Concluindo, porém, este artigo, não podemos deixar de felicitar-mo-nos por ver que alguns dos mais distintos e extremos defensores do regimento de custas confirmam com o seu talento e os seus conhecimentos a necessidade de acabar com as custas que percebem os juízes, e de livrar a magistratura desse cancro, embora se conserve o regimento antigo para os ofícios de justiça.

Nunca desejamos reformas precipitadas. Quando atacamos em geral a instituição das custas, foi sempre na idéia de que, reconhecida ela como defeituosa, devia ser pouco a pouco substituída por um sistema mais perfeito.

Por isso, se o Sr. Ministro da Justiça pretende realizar semelhante melhoramento, poderá contar da nossa parte com aquela mesma pequena e pouco valiosa adesão que temos mostrado sempre que S. Ex.ª tem iniciado uma medida útil para a nossa legislação.

A pena que sem interesse nem considerações defendeu a sua reforma judiciária, e censurou o seu regimento de custas, desejaria poder fazer alguma coisa para a adoção de uma idéia cujo grande alcance todos compreendem.

Isto, porém, não quer dizer que voltamos da nossa maneira de pensar a respeito do regimento. Não: temos a este respeito uma opinião firme; mas, desde que atingimos o fim desejado, guarde cada um a sua convicção e unamo-nos para fazer um serviço à justiça do nosso país.