Capitulo IX
EMILIA VENDE O RINOCERONTE
EMILIA tratou de procurar outro freguês. Foi á cozinha e propôs o negocio a tia Nastacia. A negra, que estava depenando uma galinha, nem ao ouviu no começo; depois, como Emilia insistisse, disse apenas:
— Era só o que faltava, esse bicho de nome exquisito aqui para me amolar! Se fosse uma chocolateira, eu fazia negocio, porque a minha está vazando.
Para dona Benta era inutil oferecer. A boa senhora tinha horror a féras, sobretudo depois que teve de meter-se em pernas de páu no dia do assalto das onças.
O visconde seria capaz de aceitar, porque os fidalgos adoram as grandes caças — mas o pobre visconde pertencia á classe dos nobres arruinados que só possuem o seu titulo de nobreza. Nunca teve de seu nem um tostão furado, sequer.
Narizinho... Rabicó...
Estava Emilia na maior indecisão, quando a Cléo apareceu.
— Cléo, disse a boneca, tenho um negocio exce-
77