havia contado ao licenciado, sem contudo fazer nenhuma observação sobre as causas que tinham motivado a resolução de Filipe III.
— Quem não há de receber isso de rosto alegre sei eu, disse Vaz Caminha.
— O Senhor D. Diogo de Menezes!... Não se pode queixar senão de si!
— Ele mesmo o procurou com suas mãos!... E o novo governador veio na fragata? perguntou o advogado.
— Não; mas já deve estar em Pernambuco, de onde seguirá direito para o Rio de Janeiro.
— Então ninguém de vulto chegou?
— De vulto, não; chegou-nos um irmão que vem fazer residência nesta casa por ordem do Geral.
— Bem-vindo seja, que nesta terra de gentio nunca serão demais os missionários de Cristo. Pena é que fosse um somente, acrescentou o licenciado.
— Com o tempo virão outros, doutor, respondeu o provincial risonho. Mas entrai, entrai!...
Esta conversa tivera lugar no topo da escada, onde os dois velhos amigos se haviam encontrado.
Ao convite do jesuíta, Vaz Caminha o seguiu pelo