alguns, é verdade, que julgavam ter visto na confusão da peleja justar com D. Fernando de Ataíde um campeão que montava ginete preto; mas não deram a isso grande atenção.
Ao passo que os juízes consultavam, Inesita curiosa e inquieta não se podia conter.
— A quem caberá o preço? disse ela como falando consigo, mas bastante alto para ser ouvida pelo governador.
— Sem dúvida que a D. Cristóvão de Ávila, que bem o mereceu, disse D. Diogo. Melhor lança não a tem El-Rei em seus Estados do Brasil.
— Que fez ele? perguntou a menina surpresa.
— Não vistes? Desmontou o mais brilhante cavaleiro da quadrilha escarlate, D. Fernando de Ataíde, que lá está cobrando novos brios para tomar sua desforra.
— Cuida o senhor governador que fosse ele?
— Tenho como certo, menina. Era o primeiro.
— Antes de partir, disse Inesita com vivacidade.
— E no recontro ainda o era, como agora.
— Não! Eu bem vi!...
— O quê? perguntou D. Diogo.
Inesita balbuciou; ia trair-se, mas dissimulou a tempo.