na trapeira. Os cinco da camarada iam pois encontrar-se com o carpinteiro no adro de Santa Luzia.
Depois que partiram, mestre Brás mais sossegado e já prazenteiro, voltou ao estado normal, à sua consciência de taberneiro. Cada grupo de fregueses mereceu um sorriso e uma reverência aferida pela soma provável de escote. O giz começou de trabalhar com a costumada presteza e segurança; e os olhinhos vivos e pequeninos, saltando de mesa em mesa, não viram mais senão as escudelas e pichéis que se esvaziavam, e as bocas que se enchiam.
Estava escrito porém que essa noite seria de tributações também para mestre Brás. Outro susto ainda rapou ele, embora passageiro. Foi o caso que mal começou de ser tangido o sino de recolher, assomou na entrada da taberna o negro Lucas. Brás supunha-o àquela hora bem longe daí com o Anselmo e os outros; a inesperada aparição o fez estremecer, pensando que estivesse o caldo entornado. Entretanto o africano, com a calma bruta que lhe era habitual, passeou o olhar pela varanda, e não vendo o que buscava, endireitou para o balcão.