mas uma atração invencível a fez voltar; ainda trêmula e fria, teve coragem de se debruçar ao balcão para ver entre as árvores.

Quando já mais animosa inclinava a crer que tudo fora uma ilusão dos sentidos e um receio infundado, os olhos caíram sobre um vulto, que saindo dentre as sombras, foi súbito ferido pela luz da vela.

Ela quis sufocar, mas tarde, o grito de júbilo e surpresa que lhe escapou dos lábios; porque tinha reconhecido Cristóvão.

O moço adiantou-se, murmurando o doce nome de Elvira; mas ela em quem o receio tinha vindo de pronto perturbar a alegria inefável da presença do cavalheiro, suplicou-lhe com o gesto que se calasse, e foi ao corredor que passava pelo fundo da câmera, para assegurar-se de que ninguém velava na casa. Mais sossegada com a tranquilidade que reinava no interior, fechou devagarinho a porta, e voltou-se no momento em que já Cristóvão saltava pelo balcão da janela.

A moça recuou cruzando os braços sobre o seio, com sublime gesto de pudor.

— Oh! não! disse ela suplicante.