ao seio, e com a outra tocava o cabo do punhal na cinta de Cristóvão.
E assim, mãe e filha afrontavam-se, uma nos seus instintos de cruel vingança, a outra no heroísmo de sua veemente paixão. Mas era sobre-humano o esforço: não podia durar. D. Luísa deixou cair o punhal da mão; Elvira desmaiou nos braços de Cristóvão.
O moço pousou sobre o estrado o corpo inanimado de sua amante e foi ajoelhar aos pés da dama.
— Fugide à minha vista! gritou D. Luísa sufocada pela cólera.
— Grande foi meu crime, senhora; seja grande vosso castigo. Se me julgais indigno do amor de Elvira e de vosso perdão, pereça eu pela mão que ultrajei, mas quisera beijar como filho.
Cristóvão proferiu estas palavras apresentando o punhal que erguera dos pés da dama. D. Luísa hesitou um instante; afinal mostrando a janela com um gesto enérgico, exclamou de novo:
— Saíde! Não insulteis esta casa com a vossa presença! Saíde!
O moço conheceu que não havia lutar contra tão