alegria e contentamento, que fizera sorrir todas as habitações vizinhas, guarnecidas de colchas e alcatifas. Assim grave e recolhido, se julgaria estranho ao espetáculo representado em face dele.
Tal não era: por detrás da grade que vestia uma das janelas, dois frades, enfiando os olhos pelas frestas, seguiam desde o começo os incidentes do festejo, praticando em voz baixa, para não perturbarem o provincial e o licenciado Vaz Caminha, que continuavam a partida de xadrez, valentemente disputada de parte a parte.
— V. Paternidade conhece sem dúvida aquela donzela com quem fala o governador neste momento? perguntou o P. Molina.
— É D. Inês, filha de D. Francisco de Aguilar, um dos mais ricos senhores de engenho da Bahia.
— Quem é o confessor da casa?
— Fr. Carlos da Luz, do Patriarca São Bento.
— Como! Deixaram que nos preterissem?
— Não ignora V. Paternidade, que os senhores de engenho nos são adversos, por causa do negócio da servidão dos índios.
— Embora! Há sempre meios de insinuar-se. E tenho para mim como um grande erro que cometeram,