muito meu era! Um letrado e bom letrado da Bahia, o licenciado Vaz Caminha... Heis de conhecê-lo, mestre Brás?
— Se o não conhecera eu!... Pois é freguesia minha! bocejou o mercador entre dois engulhos.
— Pois deu-me boa fiança de meu direito.
— Também eu pesco o meu tantinho da rabulice, acudiu o mercador. Se quereis, posso dizer-vos como me parece da vossa justiça.
— Os bons avisos nunca sobram, e com o vosso me fareis mercê. Conheceis um D. Diogo de Mariz, fidalgo, que é provedor-mor da fazenda em São Sebastião?
— Não me é estranho esse nome, mas que o conheça não digo.
— Conheço-o eu mui bem! disse D. Aníbal.
— E eu que até já fui portador de uma carta, que ele mandava à mulher do tal descobridor das vossas minas, senhor capitão! disse o marujo.
— A mulher de Robério Dias? perguntou o mercador. Uma D. Clara?...
— Por aí assim!...
— Essa dama já é falecida! observou Anselmo.
— Pelo menos estava para ir a pique, quando lhe fui levar a carta, que o comandante mandava. Recebeu-a um grumetezinho deste tope...