— Ah! sei já! Darei... Darei...
— O quê?
— Darei que me beije a mão.
— Também quero; mas é pouco.
— Deus Santo! Não acaba hoje de querer?
— São duas as agulhas! Serve à chiquita uma só?
— Não! As duas! Quero as duas!
— Então?
Dulcita bateu o pé com impaciência. Teve ímpetos de recolher-se. Mas o seu véu por acabar? E a função da maia tão sonhada?
O sangue espanhol borbulhou no coração de quinze anos.
Avançou a cabeça com certa petulância, pousando a ponta do dedo sobre uma das rosas que abrira em cada face. Nos lábios, que frisava o despeito, espontava um beijo; no olhar havia um ponto de interrogação vivo e instante.
O muchacho sorriu à graciosa pantomima.
— Sim! respondeu ele.
— Está contente enfim? balbuciou a menina.
— Ainda não.
— Ai! que você é mui mau!
— Eis o pago que me dá por ter achado o que estava perdido! acudiu o rapaz.