fadiga; o rapazito caiu extenuado sobre a relva e dormiu ao sol, como os cameleões.
Dormindo sonhou torneios e batalhas. Na seguinte manhã tornou à ocupação habitual; mas bem se via pelo nenhum cuidado que dava ao seu mister de aguador, que outro cuidado o tinha. As damas passavam e ele dantes tão pressuroso em servi-las, quase nem as olhava agora.
Decorreram dias. Era sobre tarde: Vilarzito cismava melancólico na calçada. Achegou-se um homem de guerra, munido de grandes bigodes.
— É servido você, cavalheiro, de um copo de água? Mais fresca não a há em Sierra Nevada! gritou o menino, com seu gesto mais amável, correndo para o soldado.
Este tinha sede e aceitou. Os espanhóis passavam então na Europa por grandes bebedores de água, pelo que incorreram no desprezo dos alemães.
Vilarzito examinava o cavalheiro enquanto ele bebia. Achou-lhe o porte desempenado, o talhe longo ainda que franzino, a barba espessa, e o arreganho marcial; porém mais que tudo o impressionara um gilvaz que debruava o rosto