de 1557, em que falecera, deixando nobre e numerosa descendência, tronco de muitas das principais famílias da Bahia.
Estácio, revendo aqueles lugares, onde seus olhos penetravam-se das recordações estampadas na face daqueles edifícios, e seu pé revolvia no pó da terra a cinza de um passado morto, sentia que o entrava uma tristeza grande. Também ele, pobre, decaído, proscrito da sua casa, provinha da estirpe ilustre dos primeiros senhores da Bahia; seus pais tinham o sangue de Diogo Álvares, e haviam herdado dos seus muitos haveres uma parte, que sua diligência própria aumentara. Mas tudo, a fatalidade dissipara com um sopro devastador, deixando a Estácio por única herança a vergonha e miséria.
A numerosa descendência do Caramuru povoava a Bahia e o Recôncavo, onde tinham nobres casarias com muitas alfaias e trem de criados e cavalos, e engenhos famosos com grandes fábricas ou granjearias arrendados em mil arrobas de açúcar por ano. Alguns netos seus ocupavam cargos importantes na governança do Estado; e viviam todos à lei da grandeza. Entretanto no meio de