por toda a casta de gente, desde a mais reles peonagem até a mais famosa fidalguia. O alferes rebuçou-se bem no manto escuro e entrou afoitamente a varanda da taberna; trocado com o judengo um sinal que decerto era concertado, penetrou no interior pelo corredor particular; a última das portas dava para uma câmera pequena, onde havia encravado na parede um grande armário de angelim.

O taberneiro chegou logo após com uma candeia na mão; e reconhecendo o fidalgo pela feição, não mais rebuçada, saudou-o com mostras de muito respeito.

— Estão em número? perguntou o alferes.

— Uma dúzia deles; todos dos melhores.

— Aviai-vos!...

Brás sacou do bolso a chave do armário que abriu; calcando então uma pequena mola oculta no canto, fez volver sobre os gonzos o fundo que era da mesma madeira. Apareceu uma aberta que dava para o vão de um segundo armário embutido na face oposta da parede. Cinco pancadas, divididas por duas pausas, aplicou o taberneiro à divisão, que logo foi franqueada. O alferes