deitou-se a nado para o castelo, onde a salvação lhe aparecia mais próxima; as ondas encapeladas umas sobre outras o assoberbavam, esmagando sob as montanhas d’água; mas o intrépido nadador, um instante submergido, surdia avante.

Afinal chegou à laje onde estava assentado o forte e tentou debalde agarrar-se às anfractuosidades da rocha. Exausto de forças, vendo-se perdido, levantou novo brado de socorro:

— Uma corda!... Lançai-me uma corda, por Deus, Nosso Senhor!...

A esse tempo já os mosqueteiros e mais gente da guarnição do forte, debruçados sobre as ameias, seguiam com ansiedade as ânsias do náufrago debatendo-se contra as vagas; mas como de ordinário sucede à multidão no primeiro instante de um acontecimento inesperado, faltava a cada um a iniciativa que todos esperavam para obrar. Essa, deu-lhes o grito pungente que soltara o náufrago; imediatamente a adriça da bandeira foi retirada do mastro, e lançada. O pescador prontamente travou dela, e sentindo-a segura, sem esperar que o içassem, foi subindo. No meio do trajeto ou porque o pescador escorregasse ou porque se sentisse