— Qual foi esse?

— Cercar a casa uma noite, arrombar as portas, e trazer-vos aqui a dama dos vossos pensamentos!

— Isso é coisa que se faça, João? no outro dia, em que conceito haviam de ter na cidade uma donzela raptada a sua mãe?... Sem falar do perigo que haveria em uma tal empresa, para vós sobretudo!...

— Pois recusais os meios que me lembram, não lhe vejo mais jeito. É como para o livramento do amigo Estácio: chamo-o meu também, pois é vosso. Se deixásseis as coisas à minha vontade, assaltava uma noite o castelo com os meus cinquenta caboclos, e havia de o desenterrar de lá, ou não seria mais gente!

— Entendeis que tudo se leva à força neste mundo.

— Tudo, não; ainda que afinal tudo vem dar aí. Mas se vos confesso minha pouquidade, Cristovinho! Cá essa vossa gíria de cidade, não me entendo com ela. Falai-me de seguir o rasto a alguém no escuro da mata, alta noite ou fazer espera e descobrir as manhas de qualquer animal de dois e quatro pés: aqui tendes homem