— Estão todas as dificuldades vencidas, continuou o padre. Vou escrever para Lisboa ao provincial que se entenda com a Superiora de Santa Clara sobre a admissão ao noviciado da menina Elvira. Justamente está a partir por estes dias um galeão.
— Neste ponto confio tudo de vosso zelo, Senhor P. Figueira. De onde ainda receio é daqui.
— Não vos entendo.
— Da resistência de Elvira.
— Essa é impossível, a menos que não julgueis vossa filha uma renegada!
— Deus me defenda de tal.
— Lembrai-vos que ela já fez voto de ser freira; e portanto é como se já estivesse clausurada.
— Supondes então que o voto que ela fez a obriga eternamente?
— Sem dúvida! Como se fosse feito em profissão solene; as fórmulas são nada: o ato é tudo!
As vozes abaixaram, e não se ouviu mais que o murmúrio de palavras.
Elvira aterrada, ficara imóvel e hirta. A trama do jesuíta, que em pessoa mais conhecedora do mundo talvez não suscitasse senão desprezo