— Para onde o conduziram?
— Para o Presídio de Santa Luzia.
O visitador não descansou enquanto não soube o motivo da prisão, e a sorte que aguardava a Estácio. O capelão da fortaleza era um padre secular, irmão dos jesuítas; por seu intermédio, e com seu disfarce introduziu-se o padre na fortaleza onde teve uma longa prática com o carcereiro. Foi em virtude dela, que o digno cérbero passou a apalpar os bolsos de Estácio, à busca do roteiro das minas de prata, e que levou ao comandante o suposto recado do prisioneiro, que pedia para seu confessor o P. Molina.
Na mesma manhã Vaz Caminha, chamado à pressa para negócio de sua profissão, foi levado a um lugar deserto e aí revistado por vultos desconhecidos e mascarados; ao mesmo tempo sua casa sofria igual devassa; todas as gavetas foram abertas com chaves falsas, explorados os escaninhos, sondado o quintal e as paredes, enfim interrogada a velha Euquéria.
— Sem dúvida sumiu ele o papel, quando saiu da casa do advogado e por conselho dele!... O tempo que o perdi de vista, ele o empregou bem. Ah! imbecil taberneiro!... Só teve engenho