Enquanto isto passava, na asa oposta do edifício a cena era mais calma e amena.

Estamos na peça onde habitualmente passava a família do fidalgo as quentes sestas do verão. Era uma varanda corrida ao longo da horta sobre a qual havia uma linha contínua de ogivas.

D. Ismênia sentada em sua alta poltrona, perto da arcada, gozava da vista campestre que se desdobrava a seus olhos, escutando a palavra animada de D. Lopo de Velasco. O comendador, inspirado por aquele quadro alpestre, contava à fidalga uma das suas memoráveis caçadas. Ele tinha vindo render a D. Inês suas homenagens, como noivo escolhido e aceito pela família; mas apenas chegado, esquecera o motivo de sua visita, e deixava a imaginação correr por montes e vales.

A fila de escravas, sentada sobre o estrado e ocupada em várias obras de agulha e tear, arrancava amiúdo da sua tarefa olhares curiosos, que iam extasiar-se na galharda compostura de D. Lopo e nas luzidas galas de sua roupa de primor. Lá para si pensava o terceiro estado do solar castelhano, que sua doninha devia ser muito feliz com tão guapo marido.

Entretanto Inesita, isolada no extremo da varanda,