— V. Paternidade desconfia de mim?... E pede meu auxílio?
O P. Molina esperava pelo assomo:
— Desconfio tanto que tudo fio de vossa lealdade e palavra de homem de bem.
— Mas por que devo eu ignorar aquilo em prol de que trabalho com os meus índios?
— Porque se trata de negócio de honra, no qual sabeis que a divulgação do segredo traz infâmia.
— Bem; dou-vos minha palavra.
— Por que não vosso juramento?
— Vale o mesmo; jurarei, se quereis.
— Não; nem da vossa palavra careço já. Basta vossa lealdade.
Postos os três índios à disposição do P. Molina, ele os industriou convenientemente; disse-lhes que no dia seguinte, às 6 horas da manhã, um moço disfarçado em jesuíta sairia da Fortaleza de Santa Luzia; o qual havia de ir em busca de um papel escondido algures, e depois tratar de se evadir da terra. A esse homem deviam os índios seguir até que tivesse em si o papel, que lhe tomariam por força ou cilada para lho trazer logo a ele Molina.