os mystagogos da Morte, do Mar e do Arco-Iris? Quem poderá perceber, ao conversar com estas creaturas, a lucta fratricida por causa da interpretação da Biblia, a lucta que las mil religiões à espera de Jesus, cuja reapparição está marcada para qualquer destes dias, e á espera do Anti-Christo, que talvez ande por ahi? Quem imaginará cavalheiros distinctos em intimidade comas almas desencarnadas, quem desvendará a conversa com os anjos nas chombergas fétidas?
Elles vão por ahi, papas, prophetas, crentes e reveladores, orgulhosos cada um do seu culto, o unico que é a Verdade. Falai-lhes boamente, sem a tenção de aggredil-os, e elles se confessarão, porque só numa cousa é impossivel ao homem: enganar o seu semelhante, na fé.
Foi o que fiz na reportagem a que a «Gazeta de Noticias», emprestou uma tão larga hospitalidade e um tão grande ruido; foi este o meu esforço: levantar um pouco o mysterio das crenças nesta cidade.
Não é um trabalho completo. Longe disso. Cada uma dessas religiões daria farta messe para um volume de revelações. Eu apenas entrevi a bondade, o mal e o bizarro dos cultos, mas tão convencido e com tal desejo de ser exacto que bem pode servir de cpigraphe a este livro a phrase de Montaigne:
JOÃO DO RIO.