CAROLINA – Esqueci tudo.
ANTÔNIO – Oh! tens razão! Tu não és minha filha! Nunca foste...
(Precipita-se sobre ela e a obriga a ajoelhar-se. Ribeiro e Pinheiro protegem Carolina, enquanto Luís segura Antônio pelo braço.)
LUÍS – Antônio!
ANTÔNIO – Solta-me, Luís.
MENESES – Não a ofenda! É sua filha!
ANTÔNIO – Não; já não é!
MENESES – Mas é ainda uma mulher... Deseja puni-la? Respeite essa vida que a levará de lição em lição até o último e terrível desengano. É preciso que um dia a sua própria consciência a acuse perante Deus, sem que possa achar defesa, nem mesmo na cólera severa, mas justa de um pai.
(Carolina está sentada à mesa com a cabeça reclinada.)
ARAÚJO – Vamos; vamos; Luís.
ANTÔNIO – E ela... fica.
ARAÚJO – Nem lhe responde!
ANTÔNIO – Pois sim, fica; se algum dia me encontrares no teu caminho, se o teu carro atirar-me lama à cara, se os teus cavalos