MARGARIDA – Que dizes?...
CAROLINA – Perdão! minha mãe! É impossível!
MARGARIDA – Lembra-te, minha filha, que é a tua desonra que tu mostras a todos!
CAROLINA – Que importa?... Minhas joias!... Tão lindas!... Sem elas o que serei eu?... Uma pobre moça que excitará um sorriso de piedade!... Não! Nasci com este destino! É escusado...
LUÍS (à Margarida.) – Foi irritá-la!
MARGARIDA (à Carolina.) – Escuta! Não exijo nada! Não quero saber de cousa alguma! Faze o que quiseres; mas deixa-me acompanhar-te; deixa-me viver contigo; eu partilharei até mesmo a tua vergonha.
CAROLINA – Nunca! minha mãe! Seria profanar o único objeto que eu ainda respeito neste mundo. Adeus...
MARGARIDA – Carolina!
CAROLINA – Adeus... e para sempre!
MARGARIDA – Ah! (Desmaia.)
LUÍS – Assim, depois de ter desconhecido o pai, e abandonado a filha, repele a mãe!
CAROLINA – Como à pouco me repeliram.