CENA IV
OS MESMOS, MENESES, ARAÚJO E HELENA.
HELENA – O que é?
MENESES – Alguma outra anedota?
CAROLINA – Uma lembrança muito engraçada.
ARAÚJO – Faço ideia!
CAROLINA – O senhor entendeu que devo agora fazer-me mascate de joias.
MENESES – Não é má profissão.
CAROLINA – Adivinhem o que ele veio propor-me!
HELENA – Por que não explicas logo?
CAROLINA – Querem saber?
PINHEIRO – Eu poupo-lhe o trabalho; não tenho vergonha de confessar. É um homem, meus senhores, que tendo consumido com uma mulher a sua fortuna perdeu a razão ao ponto de comprar-lhe o último presente com um depósito sagrado que lhe foi confiado. Ameaçado do opróbrio de uma acusação judicial, esse homem veio pedir àquela a quem tinha sacrificado tudo, que o salvasse, emprestando-lhe essa joia, cujo valor ele jurava restituir-lhe com o seu trabalho. A resposta que teve foi a gargalhada que ouviram.