um lenço, ou de uma caixa de rapé. E a prova é que essa joia, dá-la-ia de esmola a qualquer miserável, se não estivesse convencida que ele amanhã nem me tiraria o chapéu!

ARAÚJO – Ou soltaria uma gargalhada quando passasse...

CAROLINA – Disso não teria receio, porque antes de pedir morreria de fome!

PINHEIRO – Quando eu passo à noite pela travessa de São Francisco de Paula, ouço vozes humildes que suplicam, e que já falaram mais alto do que a sua, Carolina.

CAROLINA – Que tem isto? Se algum dia ouvir a minha não a escute, como eu hoje não quero escutar a sua.

PINHEIRO – Nem todos possuem o seu coração.

CAROLINA – Isso é verdade!

ARAÚJO – E o seu amor.


CENA V

CAROLINA, MENESES, HELENA E ARAÚJO.

CAROLINA – Amor?...

ARAÚJO – Amor ao dinheiro.