mas para que isso não torne a acontecer, previno-te que se queres continuar a morar comigo deves descartar-te dele.
HELENA – Não me animo a dizer-lhe...
CAROLINA – É um homem sem caráter!
HELENA – Gosto dele, Carolina!
CAROLINA – Tens um gosto bem extravagante!
HELENA – Confesso! Se tu soubesses o que tenho sofrido!...
CAROLINA – Porque queres.
HELENA – É verdade; mas não sei que poder tem sobre mim, que não posso resistir-lhe! Conheço que é um homem capaz de tudo; e entretanto, Carolina, se ele vier pedir-me, como já tem feito muitas vezes, que venda um traste meu para desempenhar o seu relógio... Tu vás te rir?... Pois eu não lhe negarei!
CAROLINA – Não me rio, não, Helena; ao contrário, tive uma ideia bem triste.
HELENA – Que ideia?
CAROLINA – Será esse o fim da nossa vida? A mulher que perverte seu coração estará condenada a amar um dia algum homem ainda mais baixo do que ela?