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soldado que trazia um lenço atado á cabeça apparecerão.

A mulher disse:

— E' um bebado.

O soldado curvou-se um pouco, examinando o rosto de Germiano, e exclamou:

— E' o cão do Vice-Rei, é o patife do mudo que hoje bebeu pelo menos um garrafão de vinho!

— Manda esse maroto para a porta do convento; disse outra voz que partia do interior da casa.

— Era preciso que o borracho tivesse pernas; aqui não ha que hesitar: ou atirar com o cão do Vice-Rei pela escarpa do morro á baixo, levando a cabeça quebrada e sem miolos, ou recolhe-lo e trata-lo como amigo: este biltre é cão capaz de morder, e ao cão bravo ou compra-se a fidelidade, ou mata-se de uma vez.

Isto dizia da porta o soldado que entrando e conferenciando com os camaradas, voltou com a mulher e ambos carregarão para dentro Germiano á quem estenderão em uma esteira velha.

O mudo dormio ou fingio dormir longas horas até que, despertando e sentando-se na esteira; olhou espantado em torno de si.